Quando os alimentos não passam pela garganta sem provocar dor, pode ser um caso dedisfagia, um problema relacionado à dificuldade para engolir. Geralmente, ele acontece quando a comida é obstruída na orofaringe ou pelo esôfago. Outras causas possíveis são doenças neurológicas ou musculares, que provocam o deslocamento dos alimentos por canais errados.
A disfagia pode ser o sintoma inicial de doenças graves, inclusive neurológicas. Um dos problemas mais associados a ela é o tumor no esôfago, que acaba desenvolvendo câncer. A sensação de dificuldade para engolir que acompanha esse transtorno varia em cada paciente, levando à confusão no momento do diagnóstico.
O que causa a disfagia?
Existem diversas causas que levam à disfagia. Uma das mais recorrentes é aquela que aparece em função de transtornos na orofaringe. Nesses casos, as pessoas não conseguem começar o processo de deglutição, sentindo dores na região do pescoço.
Dores ao engolir alimentos são possíveis sintomas da disfagia. Foto: iStock, Getty Images
Outros sintomas, como o excesso de saliva, derramamento do alimento, rouquidão, engasgos, tosse ao comer e dificuldade na fala também aparecem. Quando é originário na região orofaríngea, esse problema também pode levar à aspiração de alimentos, aumentando os riscos de infecções no pulmão.
Uma manifestação diferente da disfagia ocorre quando ela tem origem no esôfago. Em vez de ter dificuldade para engolir a comida no momento da deglutição, a pessoa apresenta sensação de que o alimento está trancado, segundos depois de ter engolido. Nessa situação, o peito é o local que apresenta dores e até mesmo sufocamento.
Os casos que se originam na região esofágica precisam ser analisados individualmente, já que existem diferenças na condição de cada paciente. Se a pessoa apresenta problemas para engolir tanto líquidos quanto sólidos, então é provável que esteja ocorrendo uma desregulação da motilidade do órgão.
Por outro lado, se o problema ocorre apenas com alimentos sólidos ou teve início com as comidas menos líquidas, então a probabilidade é que a pessoa apresente uma obstrução em desenvolvimento, a exemplo de tumores ou outras anomalias do organismo.
Vômito com sangue, azia, anemia, perda de peso e regurgitação são sinais que devem ser avaliados, uma vez que ajudam no diagnóstico e a descobrir as causas do problema.
Tratando a disfagia
Assim que sejam percebidos sinais do transtorno, principalmente a dificuldade para engolir, é fundamental procurar um gastroenterologista, médico responsável pelos cuidados com o estômago e o esôfago.
Caso a origem seja orofaríngea, pode ser necessária também uma consulta aootorrinolaringologista para completar o diagnóstico de forma mais precisa.
O exame principal para detectar a disfagia é a endoscopia digestiva, que pode encontrar as diferentes causas do transtorno, inclusive a presença de anéis, corpos estranhos, membranas, divertículos, esofagite e tumores.
Exames de esofagografia com bário e manometria esofágica podem ser necessários, também, oferecendo mais detalhes sobre a condição do paciente.
Para tratar o problema, é necessário descobrir a causa exata dele. O médico recomenda os remédios ou procedimentos do tratamento de acordo com histórico de doenças, tumores, refluxo e sintomas do paciente.
Uma das recomendações médicas mais frequentes é a adaptação do cardápio, que deve incluir alimentos triturados e líquidos para facilitar o processo de deglutição.
Fonte: (Viva Mais Saudável)