Essas manchas escuras são mais vistas no rosto, nos braços e no colo. Elas costumam afetar mais as mulheres e são desencadeadas principalmente pela falta de uso do protetor solar. Porém, para reduzir o problema, pesquisadores e médicos buscam novas opções de tratamento para melasma.
Maçãs do rosto, testa, nariz, buço e têmporas são algumas das áreas mais atingidas por essasmarcas acastanhadas, que contam com formatos irregulares e bem definidos. Saiba o quanto a medicina avançou e como fazer para prevenir esse problema de pele.
Uso frequente do filtro solar é indicado para evitar o surgimento de manchas. Foto: iStock, Getty Images
Novidades no tratamento para melasma
A médica dermatologista Carla Albuquerque separou algumas novidades no tratamento para melasma. Confira quais são os métodos que prometem controlar o problema:
Ácido tranexâmico
Ajuda a restringir a produção de melanina. Deve ser consumido em medicamentos de 250mg, duas vezes ao dia, durante um período entre três e seis meses. Pode causar desconfortogastrointestinal e hipomenorreia, que é a pouca quantidade de menstruação. Não é indicado para indivíduos que tenham tendência a eventos tromboembólicos e que façam uso de anticoagulantes.
O ácido também pode ser usado de forma injetável, de ponto a ponto nas manchas. São necessárias dez sessões, uma vez por semana.
Metimazol
É um medicamento também utilizado no tratamento do hipertiroidismo. Tem um importante papel nas etapas finais da melanogênese, o processo de formação de melanina. É aplicado de forma tópica, duas vezes ao dia. Garante bons resultados com poucos efeitos colaterais.
Lignina peroxidase
É uma enzima capaz de quebrar e metabolizar a melanina pré-existente. O uso em gestantes é permitido.
Sulfato de zinco
Aplicado de forma tópica, ele tem boas respostas com aplicação uma vez ao dia, por quatro semanas.
Mulheres devem se proteger, pois são as mais atingidas pelos melasmas. Foto: iStock, Getty Images
O tratamento para melasma acaba com o problema?
Não, mas ajuda a controlar. Mesmo que o tratamento para melasma seja efetivo, caso não exista a prevenção, as manchas podem aparecer novamente. “O uso correto de fotoprotetor, em boa qualidade, é fundamental na manutenção dos resultados”, explica a doutora Carla.
Os hormônios, que têm o poder de estimular os melanócitos, células que produzem melanina, são a razão para mulheres apresentarem mais melasmas. “Isso explica o motivo por que mulheres grávidas, que usem pílula anticoncepcional ou que façam terapia de reposiçãohormonal estão mais sujeitas a apresentar esse tipo de mancha”, comenta.
Apesar disso, um dia de sol forte sem proteção adequada pode ser suficiente para o aparecimento das marcas, além da exposição solar acumulada ao longo dos anos.
As alterações hormonais típicas da gestação também aumentam as chances do aparecimento do problema. Durante a gravidez, os tratamentos para melasma considerados “potentes” não podem ser indicados. “Os despigmentantes mais fortes são contraindicados nessa fase, assim como os peelings químicos e os lasers”, salienta a médica.
No entanto, alguns despigmentantes mais suaves podem ser usados a partir da 13ª semana de gestação, quando recomendados por dermatologista. Para cuidar do problema, a grávida deve caprichar na fotoproteção diária e procurar tratamento dermatológico especializado depois que o bebê nascer.
Evitar a exposição solar e usar filtro de boa qualidade - com proteção UVA e UVB - todos os dias são ótimas saídas para o controle dos melasmas. “Também é muito importante apostar nas proteções físicas, como bonés, chapéus e óculos escuros”, lembra Carla.
Fonte: (Viva Mais Saudável)