Saúde e Estilo

Todos os meses o site e jornal Saúde e Estilo, de uma forma bem modesta, presta homenagem à profissionais de rádio que contribuíram de uma forma bem significativa tanto para a comunidade quanto para o prosseguimento do rádio. O Saúde e Estilo possui um quadro de entrevistas chamado “Jurasic Itabira - Dinossauros do Rádio”, onde vai conhecendo um pouco das histórias do rádio por meio daqueles que há tempos o fazem.

Não há como contestar que o rádio hoje é o veículo de comunicação mais gostoso e fácil de absorção de informações, uma vez que o receptor (ouvinte), pode estar fazendo o que for, trabalhando, dirigindo, praticando esportes, e estar com seu radinho ligado e absorvendo aquela programação ali transmitida.

Neste mês, fomos conhecer um pouco da história de um dos mais reconhecidos radialistas da cidade de Itabira, MG.

Sinair Vicente Sobrinho nasceu em 1946 em Buriti Alegre, Goiás, e da cidade natal foi para Goiânia até seus 18 anos, onde a convite de seu irmão Vicente Sobrinho, que também deixou seu trabalho registrado nas ondas sonoras da Rádio Itabira 770 AM e hoje é falecido, iniciou carreira na Rádio Independência de daquele estado. Pouco tempo depois, Sinair, foi para a Rádio Clube, permanecendo até 1964, aonde indo para o Rio de Janeiro se apresentou para o diretor artístico da Rádio Tupi, o qual pediu que aguardasse um tempo, até que veio a chamada do Serviço Militar obrigatório que teve que ir. Passado o período do Exército, foi para Nova Iguaçu (RJ) foi trabalhar na Rádio Solimões.

Ainda nos tempos da Rádio Independência, Sinair recorda sua entrada: “A Rádio lançou um concurso para locutores e meu irmão, Vicente, passou em primeiro lugar e me levou. Lá iniciei como operador” . “Nos bastidores de rádio tem muitas brincadeiras, e numa destas, eu imitada alguns locutores ai o diretor viu e me convidou a fazer um teste/piloto” – explica sua transição de operador de áudio para locutor de estúdio.

Em 1988 Sinair chegar à Itabira onde até hoje é um dos mais influentes no estilo de programa musical que faz e ter uma das vozes mais conhecidas desta cidade. Naquele ano a convite mais uma vez de seu irmão veio para substituí-lo em seu programa, uma vez que este ia se candidatar a vereador e precisava se ausentar do rádio por determinação da Lei Eleitoral. Chegando à emissora, conheceu também radialista e proprietário Luiz Menezes, ou como era carinhosamente conhecido Dr Luiz, o qual, junto com sua esposa dona Célia Menezes e demais membros da direção da época deram a Sinair um programa para começar, este era o “Falando aos Corações”, que, de acordo com o próprio Sinair, virou o “Saudade Não Tem Idade”, que há décadas foi exibido nas noites da Rádio Itabira e hoje vai ao ar aos domingos, quando não é transmitido futebol.

Preguntado ao Sinair um momento marcante para ele, história de ouvinte, etc, ele lembrou que certa vez uma menina, que constantemente lhe enviava cartinhas, num belo dia, quando ele ia pegar serviço, a encontrou na porta da rádio, com malas e dizendo que queria fugir com ele. Não aceitando aquela situação, ele contratou o mesmo táxi que levou aquela ouvinte à rádio de volta para sua casa. Lá chegando, ele chamou a mãe da moça, explicou o ocorrido e voltou para emissora.

Sinair lembra que um dos momentos mais tristes da profissão foi a perda de colegas de trabalho, tais como o saudoso Jota Santos que também foi um sucesso na Rádio Itabira e ambos eram muitos amigos.

Ao final do bate-papo, Sinair, dá uma dica para os futuros locutores que façam com seriedade, comprometimento, seus trabalhos para que haja credibilidade.

Esta foi uma singela homenagem a este grande radialista que levou tanta emoção através de lendas canções e continua servindo, hoje não mais no quartel militar, mas a sociedade com uma comunicação gotosa e levando ao ouvinte músicas memoráveis.

Este é o Sinair Vicente, casado, pai de 8 filhos, 75 anos bem vividos e 53 anos de rádio, um Dinossauro do Rádio.

Acompanhe a entrevista:

Da Redação