A saliva é fundamental para a saúde da boca: garante a autolimpeza e ajuda a combater o mau hálito e às cáries. Xerostomia, também conhecida como boca seca, também pode tornar a mucosa bucal vulnerável à infecções e prejudicar o processo digestivo. Mas e quando há saliva demais? A hipersalivação, chamada de ptialismo ou sialorreia, é caracterizada pelo aumento significativo da secreção salivar e pode causar engasgos involuntários e constrangimentos sociais, como explica a seguir Fábio Luiz Coracin (CROSP 69798), cirurgião-dentista e presidente da Câmara Técnica do CROSP de Patologia Oral e Maxilo Facial.
Hipersalivação costuma ser sintoma de problemas maiores
O refluxo gastro-esofágico aparece entre as causas: há casos em que a saliva aumenta para neutralizar os ácidos gástricos. Nas palavras de Coracin, a hipersalivação também pode ser manifestação clínica da raiva, da intoxicação por metais pesados ou, ainda, como efeito adverso de medicações antipsicóticas.
Saiba como é feito o diagnóstico e como reconhecer os sintomas
Para o professor, não se pode afirmar que haja riscos associados à hipersalivação. “Se o paciência se engasga com frequência, deve ser acompanhado por uma equipe de Fonoaudiologia para controle das ocorrências”. Ele explica que não há relação entre a hipersalivação e a desidratação, pois a ativação do centro de controle do balanço hídrico no sistema nervoso induz o indivíduo à ingestão de água.
O tratamento depende das causas da hipersalivação e deve ser adaptado para cada caso. É possível incluir a prescrição de substâncias anticolinérgicas, ou mesmo injeção intraglandular de toxina botulínica, o botox. “Podem, ainda, ser feitas intervenções cirúrgicas, mas o fundamental é o correto diagnóstico feito por um cirurgião-dentista com experiência nesta condição”, reforça o profissional. Fonte: MSN. Este conteúdo é de propriedade intelectual do MSN e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.