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Polêmica com Miss Canadá revela que é preciso rever o conceito de gorda

Estava lá preenchendo cota. Cheinha demais para um concurso de Miss. Os comentários feitos pelo ator Cássio Reis e o stylist Raphael Mendonça sobre a Miss Canadá, durante a transmissão da final do concurso, no sábado, refletem o que passa na cabeça da maioria das pessoas quando se depara com uma mulher com curvas, uma mulher normal, que não é uma magrela com os ossos expostos.  Qual é o problema quando alguém olha para uma moça como Siera Bearchell e afirma que ela é gorda? O primeiro e óbvio é uma distorção da realidade: gorda ela não é.

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Podem alegar que  Siera foge do esperado para um padrão Miss, que, com o passar dos anos, vem se aproximando perigosamente do padrão das modelos de passarela, que tem de ser obrigatoriamente muuuito magras. Quem define isso? O mercado. A profissão de modelo possuiu seus requisitos, e, aceitem ou não, só entra quem cumpre com eles. Ninguém reclama de um jogador de basquete precisar ser alto. Vale a mesma regra.

Modelo de passarela tem um padrão a seguir, não pode ultrapassar determinada numeração de roupa, um tamanho de quadril, e entram na profissão aquelas meninas que são puro osso. É assim que é.  Já um concurso de Miss não deveria adotar esse padrão, já que, por princípio, está buscando mulheres reais, para representar um País, e ganhar o título de a mais linda do mundo.

Mas a questão não é nem essa. O problema é que quando alguém olha para a Miss Canadá e diz que ela é uma mulher gorda está desvirtuando o conceito do que é ser gorda. Prova que estamos todos condicionados a achar que o normal e o "ideal" é uma mulher magérrima, quando, na verdade, elas são a exceção, e não a regra. Quando se alardeia que ela é gorda, as magras entram em pânico, já que podem ficar "gordas" a qualquer momento. E as mulheres que são realmente gordas simplesmente são jogadas num limbo, como se não tivessem direito de existir.

Parece exagero, mas não é. Trata-se de uma crença nefasta para as mulheres. Uma crueldade com todas as que olham para a Miss Canadá e enxergam uma mulher linda, com um corpo torneado, e se perguntam: se ela é gorda, eu sou o quê?

É louvável ver a reação das pessoas, que apoiaram Siera Bearchell após a avalanche de críticas que ela recebeu. Mas é pouco. Precisamos, todos, rever o conceito do que é "normal", do que é um corpo sadio, bonito, feminino. Um concurso de Miss deveria ser mais aberto à diversidade. E a cabeça das pessoas precisa parar de enxergar obesidade onde não existe.

Fiquem aí com o recadinho que a Miss Canadá, Siera Bearchell,  postou em seu Instagram para agradecer o apoio que tem recebido desde que teve seu corpo criticado. E reflitam, tá?

“Esta é a geração da diversidade de corpos. Este é o tempo de começarmos a trabalhar juntos para redefinir a visão global de beleza. Muito obrigada por cada mensagem, cada comentário e cada história que vocês dividiram comigo. Estou orgulhosa, a ponto de ter lágrimas nos olhos, de me representar, meu país e as mulheres do mundo. Prometo a vocês que é só o começo”.

 

 

 

Fonte: (R7)


 

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