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ESPORTES

Brasil vence Camarões sem dificuldades na estreia do vôlei feminino no Rio

Estadão Conteúdo

Embalada pela torcida, que lotou o Maracanãzinho para a estreia da seleção feminina de vôlei, o Brasil venceu sem dificuldade a equipe de Camarões neste sábado, por 3 sets a 0, com parciais de 25/14, 25/21 e 25/13. Com direito a "ola", gritos da torcida e a presença do mascote oficial da Olimpíada, Vinicius, a estreia demonstrou a maturidade da seleção na briga pelo tricampeonato olímpico.

Seleção de feminina de vôlei comemora vitória sobre Camarões na estreia nas Olimpíadas

DIVULGAÇÃO/TIME BRASIL

Seleção de feminina de vôlei comemora vitória sobre Camarões na estreia nas Olimpíadas

Com ingressos esgotados, o jogo de vôlei teve atuação livre de cambistas no acesso ao ginásio, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio. Vendidos a R$ 100 nas bilheterias oficiais, os vendedores irregulares cobravam até o dobro do valor para os torcedores de última hora. Apesar da lotação máxima, a partida começou com o ginásio vazio por conta das filas no acesso do público, após o atraso no jogo preliminar.

Estreante na competição e sem tradição no esporte, a equipe africana teve muitos erros e não conseguiu articular jogadas de ataque. Logo no início do jogo, o Brasil abriu uma vantagem de cinco pontos que se manteve durante toda a partida. As atletas demonstraram serenidade em meio à expectativa da torcida, e tiveram poucos erros contra as adversárias.

O nervosismo da estreia em uma Olimpíada estava com as camaronesas, que erraram muitos passes e fundamentos no jogo, como a recepção e o saque, e também tiveram falhas técnicas. Com poucas jogadas trabalhadas, a seleção feminina de vôlei de Camarões perdeu o primeiro set por 25 a 14. No segundo, as jogadoras africanas reagiram e conseguiram segurar os ataques brasileiros, encostando no placar, que terminou 25 a 21. Na terceira parcial, a seleção brasileira voltou a dominar a partida e fechou em 25 a 13.

Agatha e Barbara Seixas vencem no tie-break em estreia no vôlei de praia

O técnico José Roberto Guimarães aproveitou as falhas para explorar a versatilidade nas jogadas brasileiras. A seleção variou o ataque nas pontas, com SheillaFê Garay e Natália, sem problemas para encontrar espaço na quadra. A central Juciely, que assumiu a vaga da titular Thaísa, poupada devido a uma lesão na panturrilha esquerda, também se saiu bem, com bloqueios firmes e aparecendo como opção de ataque no meio de rede.

O treinador também pôde colocar em quadra atletas reservas, como a bicampeã olímpica Jaqueline, a central Adenízia, e a estreante Gabi, de 22 anos. A estratégia era tirar a tensão da estreia das jogadoras e colocá-las em ritmo de jogo. O sorteio de confrontos favoreceu o Brasil - a segunda partida do torneio será contra a também estreante Argentina. Depois, o time enfrentará o Japão, já na próxima segunda-feira, e também a Coreia do Sul e a Rússia.

Pós-jogo

Após o término da partida, as jogadoras improvisaram uma celebração com uma meia volta olímpica para cumprimentar os torcedores que vibraram, fizeram 'ola', chamaram pelo nome cada jogadora e cantaram durante toda a partida. "Pelo calor do sentimento que tivemos durante o jogo, não tinha como ser diferente", contou a capitã Fabiana, que em sua quarta Olimpíada ainda estreou com o coração acelerado.

"A emoção é muito grande. Na hora que abriu a cortina, já me arrepiei toda. Não tem emoção de ver o país, todo mundo torcendo,... estar em casa, não tem emoção melhor", contou a jogadora após a partida. "A gente sabe desse carinho de todos os brasileiros que vêm acompanhar. O mínimo que poderíamos fazer é retribuir esse amor. Se pudesse, fazia no jogo todo", brincou.

A ansiedade da estreia diante da torcida era uma preocupação principalmente para as jogadoras estreantes. Por isso, o técnico José Roberto Guimarães optou por colocar todas as atletas em quadra, ao longo da partida, para quebrar a tensão. "É importante todo mundo jogar, somos um time de doze jogadoras por isso mantemos a tanto tempo um nível tão alto", contou a bicampeã Scheila, substituída no último set.

Estreante, Gabi, de 22 anos, foi "batizada" na quadra após o primeiro ponto. "É minha primeira Olimpíada, mas só pensei nisso até o primeiro ponto. Depois, bateram na minha cabeça: 'Tá batizada'. Agora é soltar o braço", contou a atleta, que quer manter a comemoração com a torcida. "No primeiro grito que começaram a puxar, estávamos no banco e ficamos arrepiadas. É muito legal ver o suporte da torcida quando cometemos alguns erros", contou.

"O que mais é importante é comemorar com o público a cada vitória, por que a gente sabe que nas derrotas vamos precisar deles também", afirmou o técnico José Roberto Guimarães. Apesar da vitória fácil, a seleção deu brecha, no segundo set, para que as atletas camaronesas quase empatassem a partida. "Tivemos problemas no sistema defensivo, a relação bloqueio-defesa, elas atacaram e acreditaram mais e foi onde cometemos mais erros", completou.


 

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