Tradicionalmente mais ativa no inverno, a gripe H1N1 está assustando com um surto fora de época, que até 28 de março já provocou a morte de 38 pessoas somente no Estado de São Paulo.

Chamada também de Influenza A ou gripe suína, os nomes da doença explicam sua origem: a enfermidade é provocada pelo H1N1, da Influenza tipo A, vírus que se originou de partes do material genético do vírus da gripe humana combinados com segmentos dos causadores da gripe aviária e suína.
Estes três tipos de vírus diferentes infectaram porcos simultaneamente, dando origem ao H1N1, que também contaminou humanos. Em 2009, uma pandemia da doença atingiu o mundo, matando 2.060 pessoas somente no Brasil.
Desde então vem sendo feita uma ampla campanha de vacinação no país, focando idosos, crianças e doentes crônicos, os grupos mais vulneráveis à doença, e o número de infectados caiu drasticamente – em 2015, foram contabilizados apenas 141 casos em todo o país.
"O H1N1 faz parte de um grupo de vírus que é o Influenza. Você tem, que afeta a população, Influenza A e B, são vários sorotipos de cada um deles", afirmou o secretário estadual da Saúde, David Uip, em entrevista à Rádio BandNews FM. "O que mais prevalece neste momento é o H1N1 e a vacinação é renovada todo ano por conta de não se ter certeza dessa proteção."
Sintomas e tratamento
A Influenza A tem características bastantes parecidas com a gripe comum. No entanto, pode causar danos maiores ao sistema respiratório e até levar à morte caso a pessoa não procure ajuda médica a tempo.
Infecção aguda das vias aéreas e febre - em geral mais acentuada em crianças do que em adultos - são típicas da gripe A. Também podem surgir calafrios, mal-estar, dor de cabeça e de garganta, moleza e tosse seca, além de diarreia, vômito, fadiga e rouquidão.
A prevenção da doença é feita com regras básicas de higiene, como cobrir a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos com frequência. Também se deve evitar permanecer por muito tempo em ambientes fechados, sem ventilação e com aglomeração de pessoas.
Em caso de suspeita da doença, é importante evitar a automedicação, pois o uso de remédios sem orientação médica pode deixar o vírus mais resistente. Se aplicados nas primeiras 48 horas após o aparecimento da gripe, os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, conhecidos comercialmente comoTamiflu e Relenza, têm mostrado bastante eficácia no combate à enfermidade.
Campanha de vacinação
O Ministério da Saúde vai antecipar a distribuição da vacina da gripe para todo o país.
Segundo a pasta, as primeiras doses começarão a ser enviadas aos estados já na próxima sexta-feira. Até 15 de abril serão disponibilizados 48% do total da campanha nacional prevista para o dia 30.
A região Sudeste, que tem registrado o maior número de casos de infecção por H1N1, vai receber o maior número de unidades.
O secretário estadual da Saúde de São Paulo diz que o ministro Marcelo Castro atendeu prontamente ao pedido de antecipação. David Uip recebeu a notícia agora à noite, e espera que as primeiras doses comecem a ser administradas aos grupos de risco já na primeira semana de abril.
Fonte: (Band)