Após pesquisas e estudos, o laboratório Hermes Pardini, com sede em Belo Horizonte, desenvolveu técnica própria para detectar a contaminação pelo vírus da febre zika. Até hoje, todos os testes realizados no Brasil são terceirizados de laboratórios estrangeiros, o que faz com que o exame custe aproximadamente R$ 1.500.

Com a descoberta da empresa mineira, a expectativa é que o valor seja reduzido e o resultado divulgado mais rápido. O valor do exame e o tempo necessário para o diagnóstico, contudo, ainda não foi divulgado pelo laboratório. Na próxima segunda-feira (7), o Hermes Pardini deve comunicar, também, quando o exame vai começar a ser oferecido.
Zika
O vírus é conhecidos desde a década de 40, mas só ficou conhecido pelos brasileiros neste ano após a confirmação de bebês com microcefalia, uma malformação irreversível. Não existe vacina e a forma de prevenção é o combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e evitando o acúmulo de água parada para sua pró-criação.
Além do Aedes aegypti, a enfermidade também pode ser passada pelo leite materno e pelo esperma. A febre do zika vírus pode desencadear, também, Síndrome de Guillain-Barré, que é uma reação autoimune do organismo, geralmente relacionada a infecção por alguns vírus ou bactéria.
Sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas febre, olhos vermelhos, manchas vermelhas com coceira, dores no corpo acometem apenas cerca 20% dos infectados, os outros não percebem que foram contaminados com o vírus. Normalmente, depois de no máximo sete dias o paciente está totalmente recuperado.
Não existe vacina contra o Zika: a única forma de evitar a doença é o controle do mosquito transmissor. Por isso, o Ministério da Saúde tem convocado fortemente a população a eliminar depósitos de água parada, a vistoriar suas as casas ao menos uma vez por semana, destruindo possíveis criadouros, e a evitar lixo, entulhos, garrafas e a vedar caixas d'água.
Para as gestantes é recomendado que andem de calças compridas e usem sapatos fechados ou meia, já que o mosquito tem hábitos rasteiros, picando mais pernas e pés. Outra opção recomendada pelo Ministério da Saúde é o uso de produtos repelentes de uso tópico, que podem ser aplicados diretamente na pele. Mas é importante verificar se o produto está registrado na Anvisa e seguir as instruções de uso descritas no rótulo. A consulta de cosméticos repelentes regularizados pode ser feita no site da Anvisa.
Segundo o Ministério da Saúde, o Aedes aegypti tem hábitos diurnos e atuam mais no começo da manhã e no final da tarde.
Fonte: (Hoje em Dia)