A obesidade entre crianças no Brasil não é uma grande surpresa. Hoje uma a cada três crianças de 5 a 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Da década de 70 para hoje, essa parcela de jovens com sobre peso saltou de 9,7% para 33,5%. E se nada for feito, a previsão é de que até 2025, as crianças acima do peso chegue a 75 milhões.
Diante desse cenário, muito pais têm buscado modificar os hábitos alimentares em casa. Conscientes do problema, algumas escolas, sobretudo as de horário integral, têm incorporado atividades de culinária na grade curricular.
É o caso do Liceu Franco-Brasileiro,escola privada, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, por exemplo, crianças de 2 a 10 anos vão para cozinha uma vez por mês para ter um contato real com o preparo de alimentos saudáveis e conhecer as suas propriedades.É a “Cozinha do Franco”
“Nossos alunos recebem informações importantes sobre hábito alimentar de uma forma lúdica. A meta é fazê-los entender que um cardápio saudável pode sim estar associado a sensações de prazer. Queremos que eles levem isso da escola para casa.”, diz a coordenadora Ani Vaz.
Foi na escola que Bernardo Ferreira, 7 anos, aprendeu que laranja e acerola são frutas ricas em vitamina C e ajudam a reforçar o sistema imunológico. A sua maneira, o pequeno já incorporou a mensagem e arrisca até um conselho em caso de resfriados, apesar da preferência ser por outras frutas.
Segundo a nutricionista Luciana Pereira, trabalhar com a alimentação das crianças é difícil quando a rotina em casa não passa também por modificação.
Também adotada em outras escolas, a prática permite um ganho na saúde, mas também explora as possibilidades interdisciplinares da cozinha, permitindo o desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas: os pequenos podem ver de perto as transformações físicas e químicas dos alimentos, a coordenar e dominar movimentos, praticar o cálculo de frações e métricas, além de treinarem o texto quando tomam nota das receitas ditadas.
Fonte: (Band)
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