© /Dores fortes e sangramento excessivo na menstruação: entenda a adenomiose/Thinkstock Adenomiose – características, sintomas e tratamentos
Uma em cada dez mulheres em idade fértil do mundo sofre de adenomiose, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Nesta doença, o tecido endometrial (camada que reveste o útero e é expelida quando menstruamos) se incrusta no miométrio, a musculatura interna da parede uterina.
Ela é uma espécie de “prima de primeiro grau” da endometriose, condição em que o tecido do endométrio se instala na parte externa do útero. Mas, apesar de ambas serem tão próximas e terem a mesma prevalência, a adenomiose não é nem de longe tão conhecida quanto a endometriose.
Para entender seus sintomas, causas e possibilidades de tratamentos, conversamos com Flavia Tarabini, ginecologista da Clínica Dr. André Braz-RJ, e com Luciana Deister, ginecologista da clínica Patricia Davidson Haiat.
Como a adenomiose é diagnosticada?
O diagnóstico da adenomiose começa quando a paciente relata os sintomas, sua ginecologista suspeita que eles possam indicar esta doença e são pedidos os exames adequados: a ultrassonografia transvaginal e a ressonância nuclear magnética da pelve.
Esta última, explica Flavia, “identifica a transição entre o endométrio e o miométrio e, portanto, é capaz de evidenciar a penetração de um no outro”.
Quem está mais sujeita a ter adenomiose?
Todas as mulheres em idade fértil são potenciais alvos da adenomiose.
De toda forma, Luciana observa que a idade média das mulheres com sintomas costuma ser a partir dos 40 anos.
Flavia, por sua vez, aponta alguns fatores que estatisticamente podem contribuir para o surgimento da doença: primeira menstruação precoce, menopausa tardia, ciclos menstruais curtos, obesidade, pólipos uterinos, ter três ou mais filhos (“Provavelmente por alterar a junção do endométrio com o músculo do útero, levando à invasão deste”) e traumas obstétricos como a curetagem (“Por possibilitar a invasão mecanicamente”).
Fonte: (MSN)