Mais de 100 mil tem HIV e não sabem. Pessoa com vida sexual ativa deve fazer teste 1 vez no ano
O Ministério da Saúde divulgou ontem que 827 mil pessoas vivem no Brasil com HIV/Aids. Mas o que me chamou atenção foi dessas, 112 mil pessoas não sabem que estão infectadas! Esse dado mostra claramente que as pessoas têm negligenciado a doença. Quantas vezes você já não pensou, disse ou ouviu: “ah, isso nunca vai acontecer comigo”. Pois, é! Por causa disso, muita gente transa sem camisinha por exemplo e, depois, não se preocupa de fazer um teste de detecção da doença e o vírus é espalhado por aí. Hoje em dia, há testes gratuitos e até rápidos para diagnóstico da doença.
No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado nesta quinta-feira (1º), o patologista clínico e diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico, Helio Magarinos Torres Filho, disse que “ainda falta muita informação sobre a importância do diagnóstico, apesar de todo o empenho da mídia, do governo, e dos órgãos de saúde”.
— Essa nova geração de jovens, que nasceu após os anos 90 e não conviveu com os efeitos devassadores da Aids também é mais relapsa, ela não tem noção dos efeitos da doença e se expõe mais a comportamentos de risco. Entre os médicos existe uma recomendação do Ministério da Saúde e também do Conselho Federal de Medicina de que os exames de HIV e também de hepatite façam parte da rotina. Mas, infelizmente, ainda vemos muito preconceito entre os pacientes, que ficam desconfiados quando o médico solicita esse tipo de teste.
Segundo a recomendação do especialista, a pessoa deve procurar fazer um teste de HIV “após comportamento de risco, seja por relação sexual ou mesmo compartilhamento de seringas, o que ainda representa uma boa parte das infecções pelo vírus”.
— Acredito que pessoas com vida sexual ativa e múltiplos parceiros devam realizar o teste uma vez ao ano.
Fazer um exame pode ajudar na detecção precoce da doença poderá ajudar e muito a vida do paciente, especialmente porque ele terá mais chances de passar a não apresentar sintomas, destacou Helio.
— Hoje sabemos que quanto antes a pessoa começar o tratamento, mais fácil será combater o vírus, e maior será a chance de deixar o vírus latente por mais tempo. Desta forma, a pessoa tem mais chances de passar de não apresentar sintomas. Assim, tanto o diagnóstico precoce como o início do tratamento são essenciais.
Teste rápido é eficaz ?
Para quem tem preconceito em fazer teste rápido, o patologista diz que ele “funciona como um teste tipo de gravidez”.
— É utilizada uma gotinha de sangue da ponta do dedo. Fica pronto em até 30 minutos. Ele tem um grau de confia bom, mas, normalmente, em casos positivos, é solicitado o exame de laboratório, o tradicional teste imunológico.
Vale lembrar que o SUS (Sistema Público de Saúde) oferece o teste de HIV sem cobrar nada por isso.
Você já fez o teste? Eu fiz o meu esse ano, antes do meu casamento!
Fonte: (Fala Saúde)
